Após ler o primeiro capítulo da dissertação de Patrícia Battisti, comente sobre os conceitos de Berman sobre a teoria da tradução: tradução da letra vs. tradução etnocêntrica.
O que me chamou a atenção foi a caracterização da tradução apontada por Antoine Berman. Ele a concebe como uma experiência que requer um certo saber inserido nela mesma, ou seja, a tradução como algo "pleno e autônomo". Sem menos importância a distinção entre tradução da letra versus tradução etnocêntrica. Aquela se propõe a traduzir um texto levando em consideração as suas características originais, ou seja, o "texto segundo" não fica distante do que realmente o autor quis dizer. Esta, por sua vez, só faz uma maquiagem no texto traduzido com tendência a deformá-lo, posto que aspectos próprios da língua são desprezados. Fica claro que as características desse tipo de tradução apontadas por Berman refletem esse descaminho ao se adotar esse tipo de tradução.
Assim como a prórpia autora do texto muito mencionou, achei muito contraditório as idéias de Berman. Ao mesmo tempo em que ele afirma a tradução ser algo "autônomo" diga-se de passagem que atradução seria algo que cada um cria seu próprio estilo e mecanismos de como fazê-la, ele (Berman) mostra um caminho sobre como fazer uma tradução. Até mesmo pelo fato de escolher a "tradução da letra" ao invés da "etnocêntrica" já indica uma contradição quanto a autônomia na tradução. No mais achei bastante curioso a passagem em que diz que "adaptar" um texto para um publico alvo é um "erro".
Na tradução etnocêntrica o tradutor não quer se misturara com a cultura do outro, ou seja o texto é ajustado para a língua que será traduzido. Os aspecto que identificam a cultura da língua traduzida é apagado do texto original. Na tradução da letra o tradutor é fiel ao texto original sendo respeitados os aspectos gramaticais. O leitor no momento da leitura será capaz de identificar que o texto foi traduzido de outro idioma. O que podemos analisar depois da leitura deste texto é que para ser realizada uma boa tradução o tradutor não temo como seguir um somente tradução de letra o etnocêntrica.
Após a leitura e o debate em sala de aula, consegui enxergar a diferença entre os dois tipos de tradução e mesmo me lembrar das sensações que tive quando do momento da leitura de alguns textos traduzidos. Neles pude identificar momentos em que o tradutor optou por domesticar os traços de cultura estrangeira (etnocêntrica) e em outros optou por manter traços de estrangeirismo (da letra). A idéia mais interessante da discussão, a meu ver, foi refletir sobre a forma como traduções são publicadas refletem o momento sócio-histórico-cultural de um povo. Em exemplo citado, em traduções feitas em período ditatorial, mesmo nomes estrangeiros eram "censurados" nas publicações como uma forma de "blindar" a mente do povo dos estrangeirismos. Muito Interessante.
O texto da Patrícia Battisti e a explanação em sala de aula foram de grande importância pra diferenciação da tradução da letra x tradução etnocêntrica = estrangeirizar o texto: mantém a língua e cultura estrangeira, abre no plano da escrita uma certa relação com o outro x domesticar o texto: devido a transmissibilidade, opera uma negação sistemática do estrangeirismo da obra estrangeira, entretanto, concordo com o Iakob ao citar que as idéias de Berman são contraditórias, muitas vezes deixando o leitor confuso como no exemplo que o mesmo defende uma tradução não-normativa entrando em conflito com seus conceitos de ética, dos princípios que deverão normalizar e reger a tradução.
O que me chamou a atenção foi a caracterização da tradução apontada por Antoine Berman. Ele a concebe como uma experiência que requer um certo saber inserido nela mesma, ou seja, a tradução como algo "pleno e autônomo". Sem menos importância a distinção entre tradução da letra versus tradução etnocêntrica. Aquela se propõe a traduzir um texto levando em consideração as suas características originais, ou seja, o "texto segundo" não fica distante do que realmente o autor quis dizer. Esta, por sua vez, só faz uma maquiagem no texto traduzido com tendência a deformá-lo, posto que aspectos próprios da língua são desprezados. Fica claro que as características desse tipo de tradução apontadas por Berman refletem esse descaminho ao se adotar esse tipo de tradução.
ResponderExcluirAssim como a prórpia autora do texto muito mencionou, achei muito contraditório as idéias de Berman. Ao mesmo tempo em que ele afirma a tradução ser algo "autônomo" diga-se de passagem que atradução seria algo que cada um cria seu próprio estilo e mecanismos de como fazê-la, ele (Berman) mostra um caminho sobre como fazer uma tradução. Até mesmo pelo fato de escolher a "tradução da letra" ao invés da "etnocêntrica" já indica uma contradição quanto a autônomia na tradução. No mais achei bastante curioso a passagem em que diz que "adaptar" um texto para um publico alvo é um "erro".
ResponderExcluirNa tradução etnocêntrica o tradutor não quer se misturara com a cultura do outro, ou seja o texto é ajustado para a língua que será traduzido. Os aspecto que identificam a cultura da língua traduzida é apagado do texto original. Na tradução da letra o tradutor é fiel ao texto original sendo respeitados os aspectos gramaticais. O leitor no momento da leitura será capaz de identificar que o texto foi traduzido de outro idioma. O que podemos analisar depois da leitura deste texto é que para ser realizada uma boa tradução o tradutor não temo como seguir um somente tradução de letra o etnocêntrica.
ResponderExcluirApós a leitura e o debate em sala de aula, consegui enxergar a diferença entre os dois tipos de tradução e mesmo me lembrar das sensações que tive quando do momento da leitura de alguns textos traduzidos. Neles pude identificar momentos em que o tradutor optou por domesticar os traços de cultura estrangeira (etnocêntrica) e em outros optou por manter traços de estrangeirismo (da letra). A idéia mais interessante da discussão, a meu ver, foi refletir sobre a forma como traduções são publicadas refletem o momento sócio-histórico-cultural de um povo. Em exemplo citado, em traduções feitas em período ditatorial, mesmo nomes estrangeiros eram "censurados" nas publicações como uma forma de "blindar" a mente do povo dos estrangeirismos. Muito Interessante.
ResponderExcluirO texto da Patrícia Battisti e a explanação em sala de aula foram de grande importância pra diferenciação da tradução da letra x tradução etnocêntrica = estrangeirizar o texto: mantém a língua e cultura estrangeira, abre no plano da escrita uma certa relação com o outro x domesticar o texto: devido a transmissibilidade, opera uma negação sistemática do estrangeirismo da obra estrangeira, entretanto, concordo com o Iakob ao citar que as idéias de Berman são contraditórias, muitas vezes deixando o leitor confuso como no exemplo que o mesmo defende uma tradução não-normativa entrando em conflito com seus conceitos de ética, dos princípios que deverão normalizar e reger a tradução.
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